Bad Rap

Reprodução – Youtube

De produção independente, Bad Rap chega ao público como um marco entre documentários sobre rappers, por sua abordagem única e intensa a respeito da trajetória de rappers asiático-americanos.

Com estreia oficial no dia 16 de abril no Tribeca Film Festival, o documentário Bad Rap surge com uma proposta desafiadora, protagonizar a trajetória de rappers asiático-americanos, dando um passo além do que apenas apresentá-los como um feixe da cena hip hop, mas visibilizá-los como identidades que marcam, pertencem e estão envolvidos nessa cena, quando por vezes acabaram sendo colocados a margem da mesma.

De pioneiros à rappers em ascensão, eles estão no jogo, na linha de frente e não é atoa que são tidos como referência, Dumbfoundead,  Awkwafina,  Rekstizzy,Lyricks ganham as principais linhas de Bad Rap, que foi desenvolvido pela diretora e produtora Salima Koroma e pelo produtor Jaeki Cho. Além disso, nomes consagrados como Jay Park e Traphik participam do documentário e compartilham reflexões sobre a cena hip hop e sua relação com rappers asiático-americanos.

Em entrevista a NBC News, Salima Koroma conta que estava em busca de referências bibliográficas para compor seu trabalho de conclusão de curso na Columbia University, quando foi surpreendida por um artigo sobre GDragon, escrito por Jaeki Cho. O contato com o produtor levou a diversas discussões sobre a cena hip hop e como ela se manifestava de formas tão diversas da Europa à Coreia, o que acabou por resultar na idealização de Bad Rap.

Sob produção independente e após longo trabalho, Salima Koroma e Jaeki Cho finalizaram uma versão de 40 minutos de Bad Rap, mas planejam sob uma campanha de financiamento aberto, angariar recursos para produzir uma versão final com 70 minutos. Os planos se estendem também para que Bad Rap ganhe exibições em universidades e festivais.

Conheça os rappers que protagonizam Bad Rap:

Rappers BR

Dumbfoundead: Nato de Buenos Aires, Argentina e fixado em Los Angeles Califórnia, Dumbfoundead é considerado um dos nomes artísticos de maior reconhecimento da cena independente do hip hop. Destaque em batalhas por sua sólida habilidade no freestyle, conquistou uma grande base de fãs pelo Youtube, possui três álbuns lançados, reconhecimento por parte de grandes nome do rap como Drake, e diversas colaborações com Epik High, Jay Park, Anderson Paak e Keith Ape.

Awkwafina: Rapper e atriz, é descendente de chineses e coreanos, tendo nascido em Forest Hills no Queens, New York. Reconhecida pelo seu modo sátiro de fazer rap e mais a frente se consolidando com o hit My Vag, Awkwafina está entre as poucas mulheres reconhecidas na cena hip hop, que em grande parte relega um papel exótico às mulheres.

Rekstizzy: Também do Queens – New York, Rekstizzy é popular por seu perfil imprudente e repleto de ideias inovadoras, que cruza as fronteiras do conforto e surpreende o público com suas linhas arrojadas que mescla também diversos estilos musicais.

Lyricks: De Fairfax – Virgínia, o rapper que iniciou sua carreira trazendo grande ênfase em valores cristãos, vem se consolidando com suas letras que refletem sobre a condição humana, as realidades sociais e desigualdades.

Bad Rap permite apontar para os diversos desafios travados por esses rappers coreano-americanos no processo de consolidação e reconhecimento de seu trabalho na cena hip hop, além de questionar a indústria e suas configurações. Um prato cheio para reflexões e encorajamento, alem de colocar em exposição identidades que compõe um cenário cheio de controvérsias e desafios. Confira o trailer:

 

Fontes: NBC News | Indie GogoComplex

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About Barbara Brisa

Editora de conteúdo (Brasília) - Cientista Social pela Universidade de Brasília, Repórter Honorária pelo Centro Cultural Coreano do Brasil e Co-Fundadora do Maūm Ūmsik. Em constante estudo pela compreensão das coreanidades.

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