A maioria dos sul coreanos nascidos neste século não se lembram de um momento antes da Coreia do Norte ter armas nucleares. Eles cresceram com as constantes ameças de Kim Jong Un. São uma geração preocupada com guerra, mas que por outro lado mantém o pensamento positivo.
Essa geração ainda espera a união das duas Coreias, algo que está enraizado na Constituição da Coreia do Sul. As escolas sul coreanas ensinam que é dever do governo unir a península. Porém, enquanto a ameaça existir os jovens enfrentam um paradoxo: a Coreia do Norte é tanto seu amigo quanto seu inimigo.
A Guerra da Coreia se encerrou em 1953 com um armistício, que é diferente de um tratado de paz. Tecnicamente, não encerra o conflito e por isso as ameaças norte coreanas são constantes. Alguns professores argumentam que as lições de unificação não evoluíram completamente desde as décadas de propaganda “anticomunista”.
O Ministério da Unificação disse que o governo tenta equilibrar seu currículo. A segurança nacional precisa ser ensinada, disse, mas a Coreia do Norte também deve ser apresentada “como parceira”. Alguns professores acreditam que devem promover uma imagem positiva do Norte em estudantes.
No entanto, não se pode controlar o que os estudantes ouvem e veem fora da sala de aula. Aprender com o livro escolares não faz sentido, ao considerar a exposição das crianças a dura realidade através dos meios de comunicação de massa.
Essa falta de uma experiência compartilhada com o Norte pode realmente ser o maior obstáculo para a unificação. É algo que não pode ser ensinado, mas que pode ser alcançado se a parte interessada realmente quiser. O futuro ainda parece incerto e talvez seja ingenuidade esperar pela paz na península, mas a esperança é a ultima que morre certo?
Para saber mais: The Guardian, Korean Times, BrazilKorea.