Que a terceira idade é a idade mais comum da Asia não é novidade. Mas agora, o negócio é a representatividade dessa geração no mundo da moda.
A população idosa da Coreia do Sul é de aproximadamente 13% (dados da OECD de 2016), um número alto e comum em países asiáticos. Contudo, a representatividade dessa geração está mudando. O mundo da moda é uma industria que mantem a sua imagem atrelada a um padrão de beleza. Mulheres e homens altos, magros e quase sempre de pele clara, mas as coisas estão mudando.
Nos últimos anos, as passarelas passaram a apresentar mais modelos “fora da curva padrão”. Modelos negras, asiáticas, plus-size, com doenças como Síndrome de Down e Vitiligo estão tomando seu lugar de direito na indústria. E agora, é a vez da terceira idade.
Choi Soon Hwa é uma das modelos mais velhas e mais famosas da Coreia do Sul. Com 75 anos ela foi de auxiliar de enfermagem de um hospital para modelo na Semana de Moda de Seul. Dessa forma, ela é apenas uma das modelos idosas que estão conquistando o mundo da moda sul coreano.
A indústria da moda da Coreia do Sul movimenta U$ 36.6 Bilhões de dólares. Segundo uma pesquisa do governo, os sul coreanos com mais de 60 anos gastam 32,5 dólares por mês com roupas e sapatos, enquanto os jovens gastam três vezes mais. Contudo, a representatividade dessas modelos estão trazendo a tona a atenção a moda para idosos.
Além disso, essas modelos mostram que nem só de moda vive a terceira idade. O modelo Kim Chil Doo possui mais de 75.000 seguidores no Instagram. Já a criadora de conteúdo Park Mark Rye tem mais 400.000 inscritos no seu canal do Youtube. Essa participação inspira uma maior interação entre as gerações e passa a fazer da população mais experiente, sentido de pertencimento. Seja no mundo da moda, ou das novas formas de se socializar.
Fontes: Uol, Embaixada da Coreia do Sul, OECD.