Pagar o táxi ou até o ingresso para um parque de diversões com “Bilhete Único”. Fazer cinco integrações pelo valor de apenas uma tarifa. Usar o cartão de débito para custear o ônibus ou o metrô. Esses pequenos detalhes que tornam mais prático o transporte público estão ainda longe da realidade brasileira, mas já funcionam há dez anos na Coreia do Sul. E está tudo inserido em um projeto chamado “T-Money”, que é uma série de cartões recarregáveis usados no transporte ou em diversos estabelecimentos.
Esse sistema padronizado funciona em todas as grandes metrópoles do país (Seul, Busan, Incheon, Daejeon, Taegu, Gwangju e Ulsan) e em mais 20 cidades menores. Isso significa que o mesmo cartão pode ser utilizado em quase todo o país, diferentemente dos modelos disponíveis em São Paulo e no Rio de Janeiro, por exemplo. Muitas lojas de conveniência espalhadas pela Coreia também aceitam compras com esse cartão, como GS 25, CU, 7 Eleven, Ministop, entre outros.
O “T” de “T-Money”, é um genérico para vários conceitos como trânsito (traffic), tecnologia (technology), viagem (travel) e toque (touch). E, basicamente, existem várias opções de cartões, que custam entre 2,500 e 3,000 wons (em torno de uns R$5,50, em média) e dá para comprar em diversos lugares, contando ainda com máquinas para recarregar. A novidade coreana é a possibilidade de vincular o cartão de débito do banco ao T-Money, o que é prático e, ao mesmo tempo, perigoso, pois, em caso de perda ou roubo, todo o dinheiro da conta bancária pode facilmente ser gasto por outra pessoa, já que não há necessidade de senha.
Para usar o sistema, basta encostar o cartão na máquina que fica disposta próxima à porta de entrada do ônibus ao lado do motorista. Ou, se for metrô, é só passar na catraca. Ela vai emitir um barulhinho e dizer “obrigada” em coreano. Se der algum erro, existem outras mensagens gravadas, como “por favor, passe novamente o cartão” ou “saldo insuficiente”. Tudo em coreano.
Para a integração funcionar, ao sair do veículo, é preciso encostar novamente o cartão em outra máquina perto da porta de saída, ou, no caso do metrô, em outra catraca. A partir desse momento, o usuário tem 40 minutos para fazer a integração. Em Seul, que é uma das cidades no mundo com maior número de habitantes por m2, o sistema é bem complexo e é preciso ser bom em matemática. Mas também há um aplicativo no celular que faz as contas pela pessoa.
Tarifas reduzidas
Quem tem um cartão do T-Money pode pegar até cinco transportes diferentes da mesma categoria (são quatro no total), pagando apenas o valor de uma tarifa, que varia entre 850 wons (R$1,70) e 1850 wons (uns R$3,60). Se o passageiro usar diferentes categorias, vale o maior preço (metrô é o mais caro, por exemplo). E a distância também é levada em conta. Essas tarifas são válidas se você percorrer até 10 km de distância. Acima disso, é cobrado mais 100 wons (R$0,20) por cada 5 km extras.
Há ainda descontos por faixa etária. Quando se vai comprar o cartão do T-Money, existem opções com valores reduzidos para crianças e adolescentes. Até os 6 anos de idade e acima dos 65, a tarifa sai de graça. Mas em Daejeon, por exemplo, quem tem entre 7 e 12 anos paga apenas 350 wons (uns R$0,70) e, para adolescentes de 13 a 18 anos, o valor passa para 750 wons (R$ 1,50). Para fazer esse cartão, é preciso comprovar a idade por meio de um “Youth Card” ou uma carteira de estudante. No entanto, mesmo sem o cartão do T-Money, há tarifas diferenciadas para crianças e adolescentes que paguem em dinheiro. como na imagem ao lado.
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[…] por itens em lojas de conveniência e utilizá-lo no transporte público com o Tmoney. Os usuários também pode obter descontos de 10% a 20% nos ingressos para vários roteiros do […]