Coreia do Sul realiza eleição e escolhe novo parlamento. Apesar da situação crítica pelo qual está passando o mundo, os eleitores foram aos locais de votação e mostraram seu senso político.
Eleitores sul-coreanos escolheram os representantes da Assembleia Nacional no dia 15 de abril de 2020. A Coreia do Sul é um dos países que decidiram seguir com os planos de realizar eleições mesmo em meio à pandemia do novo coronavírus.
Com mais de 44 milhões de eleitores sul-coreanos escolhendo seus novos representantes parlamentaristas, a votação foi mais uma demonstração da organização dos coreanos. Os locais estavam munidos com teste de temperatura, máscaras, luvas e muito álcool em gel.
O parlamento coreano é composto por 300 assentos, chamado de Assembleia Nacional ou Gukhoe (국회) e é 100% unicameral (diferente do utilizado aqui no Brasil que é bicameral), ou seja, é formada apenas por uma câmara (ou casa), sendo mais comum em países pequenos ou em um governo regional. Os seus membros servem em mandatos de quatro anos.
A legislatura tem atualmente 300 lugares, bem como 243 são eleitos por voto regional e os restantes são distribuídos por votos de representação proporcional, portanto as entidades partidárias se dividiram em 15, tendo destaque o novo partido feminista.
Diferente do que acontece em boa parte do mundo, um grande número dos eleitos é indicado por um membro suplente, e um restante indicado à lista de relação ao público. E assim acontecem as eleições com a ajuda da população. Aliás, vale lembrar que o voto não é obrigatoriedade no país.
Distribuição do parlamento
300 assentos fixos = 253 por indicação.
47 por votos proporcionais.
Nestas eleições, os sul-coreanos escolheram a nova configuração do parlamento para um mandato de quatro anos. Conforme esperado nos resultados indicados pelas primeiras pesquisas, o favoritismo ao Partido Democrático de Moon Jae In (atual presidente no país) prevaleceu. Com mais de 99% dos votos apurados, o partido conquistou os 163 dos 300 assentos da Assembleia Nacional – sobretudo pelo que os eleitores consideraram um bom desempenho do país no combate à Covid-19.
Por fim, partidos aliados que integraram a coligação de campanha conquistaram outras 17 cadeiras. Superando todas as projeções feitas antes da pandemia, é a maior que o país registra em mais de três décadas e surpreendentemente, após 16 anos, o controle do Legislativo é do centro-esquerda, o Partido Democrático.
A Coreia do Sul não é o primeiro país a manter o calendário eleitoral em meio à pandemia de Covid-19. Outros 16 países do mundo mantiveram os calendários eleitorais normalmente seguindo o que já estava programado.
Fontes. G1, Koreantimes e wikipédia
Mesmo em meio a uma pandemia, o povo coreano dá exemplo de cidadania!
Post muito bom! Muito interessante saber informações quanto a organização e política da Coreia.