Durante a CCXP 2016, entrevistamos o artista mineiro Alexandre Tso, que entre seus trabalhos, retrata artistas coreanos com um nível de detalhe impressionante.
Nascido em Belo Horizonte, Alexandre Tso é ex-aluno da Casa dos Quadrinhos. Começou a desenhar quando criança e desde então não conseguiu se livrar desse vício. Trabalhou como ilustrador para vários setores, desde jornal e livros até desenvolvendo brinquedos e estampas para roupas. Amante de ilustrações mais tradicionais, ele acredita que com muita prática e determinação a pessoa alcança todos os seus objetivos. Afinal de contas: no “pen”, no gain.
Perfil
- Nome: Alexandre Tso
- Idade: 31 anos
- Tipo sanguíneo: O
- Hobbies: Assistir filmes/seriados/programas coreanos e japoneses, ler quadrinhos
- Artista favorito: Kim Jong Kook
- Música favorita: Han Namja (One Man)
Carreira
Quando começou seu interesse por desenho?
Assim como todo mundo, eu amava desenhar quando criança. A diferença é que essa paixão nunca passou e meu interesse pelo assunto só aumentava!
Quais as principais técnicas que você utiliza?
Gosto muito de trabalhos mais tradicionais, então utilizo muito lápis, caneta esferográfica, tinta acrílica e marcadores. Eu sou da teoria de que ninguém precisa de material caro pra fazer um trabalho legal. Depende muito mais do quanto você domina e se sente confortável usando aquilo.
Você lançou o livro “Arranjos”. Como surgiu a ideia de fazer um livro sobre ilustração?
O Arranjos começou como uma participação de um projeto de amigos para o FIQ de 2015, o Almanacão de Férias da Turma do Ryot e Gomba 2, onde a ideia era colocar o meu desenho mais elaborado em contraste com os traços mais simples deles. E aí surgiu a questão: “desenhar é um dom divino ou é fruto de estudo e dedicação?”. Também percebi que eu sempre fiz parte de projetos dos outros, mas nunca tinha feito um próprio. E algumas pessoas já estavam me perguntando quando eu faria. Acabei aproveitando o embalo de estar participando mais dos eventos e botei a mão na massa pra ter mais do que apenas prints pra levar pro meu público. Decidi então retratar essa série de anjos segurando materiais comuns em desenho pra fazer essa dualidade entre estudo e dom, levantada anteriormente.
Sua proposta para o Inktober de 2016 foi desenhar o seu público e algumas pessoas próximas a você. Como surgiu essa ideia?
Eu já havia participado do Inktober em 2015, mas fiz desenhos aleatórios em cada dia. Já em 2016 eu quis seguir um tema do começo até o final e queria que fosse algo que meu público gostasse. Então como uma forma de agradecimento as pessoas que estão sempre me apoiando, aderi ao coro popular do “mim desenha” e pedi pra que todos colocassem a #inkTSOber e escolhi 31 pra fazerem parte do projeto.
Além do livro Arranjos, você também lançou o InkTSOber, livro com suas ilustrações do inktober 2016. Conte um pouco mais sobre como foi desenvolver esse projeto e o motivo de ter decidido o transformar em livro.
O Inktober é um projeto super bacana por si só e eu gosto de aproveitar essa época pra poder testar algum estilo ou usar algum material que não tenho tanto habito de usar. Levando isso em consideração, resolvi fazer o livro pra poder apresentar um pouco mais do que eu posso fazer além do que as pessoas estão acostumadas a me ver fazendo.
Pensa em lançar outros livros?
Com certeza. Trabalhar para os outros é ótimo, mas gosto de poder fazer coisas por conta própria também
Como foi participar da CCXP 2016?
Pra mim foi importantíssimo. Eu já havia participado da Comic Con de San Diego, mas nunca tinha participado da de São Paulo. Então ter a oportunidade de divulgar mais o que eu faço para um público que não me conhece e ter tido a oportunidade de conhecer pessoalmente vários artistas e admiradores foi bem legal. O evento tem crescido cada vez mais e vale a pena demais ir, mesmo que seja como visitante. Poucos lugares você pode ter esse contato direto com os artistas como na CCXP.
Qual melhor momento da sua carreira? E o pior?
Não gosto de focar muito nas coisas negativas, ate mesmo porque considero tudo um aprendizado. Temos que saber tirar proveito de tudo, ate das situações mais negativas. Já um momento muito bacana foi um evento que doei uma ilustração minha para uma organização contra a violência domestica e o meu trabalho foi um dos maiores valores arrecadados. Alcançou um valor mais alto do que de muitos artistas que admiro, o que foi uma surpresa enorme pra mim.
Quais são seus planos para 2017?
Eu pretendo lançar meu primeiro quadrinho esse ano. O projeto ainda está engatinhando, mas se tudo correr bem, vai ser lançado esse ano ainda.
Interesse pelo entretenimento coreano
Quando e como você começou a se interessar pela cultura/entretenimento coreano?
Foi como consequência de gostar já da cultura chinesa/japonesa. O primeiro contato que tive com o kpop foi com o MV Because I’m A Girl, da banda K.I.S.S., que ficou viral na minha adolescência. Depois foi com a banda KARA e depois disso, não teve volta. Consegui converter várias pessoas pra esse universo também.
Você é um grande fã de Running Man. Quando e como você conheceu o programa?
Na minha adolescência eu era muito fã de programa japoneses. Assistia vários com frequência (e ainda assisto alguns), mas lembro de ter visto um episódio de Shabekuri 007 em que a convidada foi a banda KARA. Achei elas super divertidas e comecei a assistir todos os programas em que elas apareciam. Por coincidência, um dos programas acabou sendo Running Man e passei a pesquisar mais sobre o programa também.
Além de Running Man, quais outros programas coreanos você assiste?
Não assisto nenhum com tanta frequência que vejo e revejo os episódios de Running Man, mas gosto bastante de Weekly Idol, Happy Together, Infinity Challenge, Hello Councelor. Gostava muito de Family Outing, X-Man e Invicible Youth também.
Você também gosta de grupos musicais coreanos? Se sim, quais os seus preferidos e por quê?
Gosto demais! Mamamoo, Kara, SNSD, BigBang, Apink, Twice, AOA, Sistar, GFriend, AKMU…são MUITAS pra ficar citando aqui! Cada banda tem seu charme, é difícil apontar um motivo em específico. Mas basicamente porque fazem musicas boas! HAHAHA, algumas fazem seu corpo mexer inconscientemente e outras deixam uma sensação boa quando escuto.
Você desenha diversos artistas e alguns dos escolhidos são k-idols. Quando e porquê começou a desenhar personalidades coreanas?
Desenhar profissionalmente significa que muitas das vezes teremos que desenhar coisas que não gostamos tanto assim, então nada mais justo que focar em coisas que gostamos no nosso tempo livre, neh?
De todos k-idols que desenhou, qual foi o mais difícil?
Sinceramente, todos são um desafio. Quando você cria um personagem, você tem toda a liberdade de fazer o que quiser, mas quando temos que retratar alguém que existe, qualquer linha ou sombreado a mais deixa a pessoa completamente diferente. E como idols em geral são praticamente de porcelana, eu tenho que ter um cuidado redobrado.
Não deixe de acompanhar o Alexandre Tso nas redes sociais. Quem se interessar em adquirir algum de seus trabalhos, pode entrar em contato direto com ele pelo Facebook ou na loja da Café com Chocolate Design.
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A equipe do BrazilKorea agradece imensamente toda a atenção e o carinho que recebemos do Alexandre Tso!