As escritoras sul coreanas estão ganhando o mundo com suas narrativas desafiadoras, nos oferecendo uma literatura de cenários reais e abordando aspectos da sociedade e da nossa existência.
Portanto, para você saber mais sobre esse universo, nós separamos três escritoras sul coreanas que você precisa conhecer.
Bae Suah (배수아)
Nascida em Seul (서울시), em 1965, Suah graduou-se em química pela Ewha Womans University. Apesar de sua formação acadêmica, desde a infância ela alimentou o sonho de ser escritora tornando este seu hobby.
Assim, em 1988, Suah debutou como escritora com a obra Um Quarto Escuro, tradução literal de A Dark Room. Atualmente, ela figura no hall de escritoras sul coreanas mais aclamadas por fazer parte da geração de artistas que abordam temáticas inerentes à modernização, e ao avanço da Coreia do Sul como potência industrial e tecnológica.
Livro: Sukiyaki de Domingo (2003)
Sukiyaki é uma espécie de guisado com os mais diversos ingredientes, que enche os olhos e o estômago de tão bonito e saboroso. Assim, fazendo referência ao guisado no título do livro, a escritora nos apresenta seus personagens aos poucos, do mesmo modo como um Chef de cozinha acrescenta os ingredientes do Sukiyaki, um item de cada vez.
Entretanto, aqui, o verdadeiro protagonista da história é a miséria. Ela se faz presente na descrição dos cenários, como por exemplo, o banheiro de azulejos quebrados e o pano de chão sujo de urina; do mesmo modo que se apresenta na alma das personagens com suas personalidades simplórias e duvidosas.
No Brasil, você encontra o livro publicado pela editora Estação Liberdade.
Han Kang (한강)
Kang nasceu em 1970, na cidade de Gwangju (광주시) e mudou-se com a família para Seul aos nove anos de idade. Cresceu rodeada por livros e inspirada por seu pai, que também era escritor. Adulta, formou-se em letras pela Universidade de Yonsei e exerceu a profissão de jornalista em algumas revistas coreanas.
Em 1998, debutou com sua obra “O Veado Negro”. Hoje, Kang é uma escritora internacionalmente reconhecida por seus contos e romances que brincam entre relatos de identidade da autora e de seus personagens.
Livro: A vegetariana (2000)
À primeira vista, se eu falar para você que o “plot” principal da narrativa é a personagem querer se tornar uma planta, certamente você vai pensar que o livro “A Vegetariana” trata de uma fantasia. Mas não, não é uma fantasia muito menos uma distopia.
O livro discute as diversas formas de violência que uma mulher pode sofrer ao se rebelar contra sua opressão. Na história, assistimos a coerção física e psicológica sofrida pela protagonista quando se recusa voltar à sua realidade submissa. Dessa forma, para fugir dessa triste realidade, ela começa a imaginar que a única solução para a sua dor seria virar uma planta.
Leia também: Leandro Sarmatz comenta a obra coreana “A Vegetariana”
No Brasil, você encontra o livro publicado pela Editora Todavia.
Shin Kyung Sook (신경숙)
Filha de fazendeiros, Kyung Sook nasceu em 1963, na cidade de Jeongeup (정읍시). Aos 16 anos, morou em Seul com seu irmão mais velho, enquanto trabalhava de dia em uma fábrica de eletrônicos e, à noite, frequentava uma escola de estudos noturnos.
Logo após formar-se como especialista em escrita criativa pelo Instituto de Artes de Seul, Kyung Sook, debutou em 1985 com o romance A Fábula do Inverno (Winter’s Fable).
Shin Kyung Sook faz parte do grupo de escritoras sul coreanas, 386 Generation (386 세대), famoso ser formado por autoras politicamente ativas no movimento democrático dos anos 8o – um movimento político de críticas aos Estados Unidos ao passo que demonstrava simpatia à Coreia do Norte.
Conheça o movimento feminino “Body Positive”
Livro: Por favor, cuide da mamãe.
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No Brasil, encontra você encontra o livro publicado pela Editora Intrínseca.
Fonte: Los Angeles Review of Books; Wikipédia; Korea Economic Institute of America;
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