A 2ª edição da mostra K-ACTION acontece entre os dias 5 e 8 de novembro no Centro Cultural São Paulo, na cidade de São Paulo.
Tendo como tema “Vozes femininas da sociedade coreana”, a K-ACTION 2015 – Mostra de Cinema Coreano pretende provocar reflexões sobre o passado e sobre o presente ao propor novas vozes para o futuro que ainda se desenham no audiovisual, trazendo um conjunto de obras diversas em suas temáticas, estilos e processos de produção, representando a diversidade que existe dentro do feminino, indo de curtas animados a documentários (realistas e artísticos) e de ficções de baixo orçamento a blockbusters adolescentes.
A abertura da K-ACTION será no dia 05/11, com a exibição do filme “Complexo Industrial”, seguida de um bate-papo com o Diretor Im Heung Soon, que abordará a história das mulheres na fronteira do cinema e da arte. A inscrição para o evento de abertura da K-ACTION 2015 devem ser feitas pelo email mostra.cinema.coreano@gmail.com ou pelo telefone (11) 2893-1098, sendo limitada a 100 pessoas.
Confira abaixo os filmes que irão compor a programação da K-ACTION 2015 – Mostra de Cinema Coreano / Vozes Femininas da Sociedade Coreana:
Complexo Industrial (Ui-ro-gong-dan), de Im Heung Soon – Documentário, Coreia do Sul, 2015, digital, cor, 95 min / Exibição em DCP / Legendas eletrônicas em português
Em 1970 o mercado de Cheonggyecheon foi tomado por revoltas de operárias. Hoje, as filhas dessas operárias trabalham em call centers, fazem parte da equipe de baixo escalão em transportadoras ou são atendentes ou caixas em supermercados. Dirigido pelo diretor de documentários artísticos Heung-Soon Im, a obra foi destaque nos Festivais de Shanghai, Montreal, Busan e no Docs Port Incheon.
Supermercado (Ka-teu), de Im Heung Soon – Ficção, Coreia do Sul, 2014, digital, cor, 104 min / Exibição em DCP / Legendas eletrônicas em português
Baseado em um incidente real ocorrido em 2007, em que um grupo de operários temporários (majoritariamente mulheres) do Grupo E-Land entraram em greve durante 512 dias, “Supermercado” mostra o lado que não foi veiculado na mídia da época. Sun Hee, a protagonista, tem um casal de filhos e trabalha com diligência para conseguir ser contratada. Mas quando isso deveria acontecer, é demitida. Quando conhece outras mulheres e se conscientiza de sua situação, passa a liderar o sindicato. Mas Sun Hee ainda tem que convencer seu filho adolescente, que quer viajar com os amigos de escola mais abastados, de que sua luta não é ilegal.
Meu Amor, Não Atravesse o Rio (Nim-ah, Geu Gang-eul Gun-neo-ji Ma-o), de Jin Mo Young – Documentário, Coreia do Sul, 2014, digital, cor, 86 min / Exibição em Blu-Ray / Legendas eletrônicas em português
Obra de estreia do diretor Jin Mo Young, o longa mostra um casal que manteve uma história de amor por 76 anos. Conhecidos como “Pombinhos de 100 anos”, eles mantêm o hábito antigo de se vestir com roupas tradicionais e dormem de mãos dadas. Recorde de bilheteria para uma obra documental, “Meu Amor, Não Atravesse o Rio” levou 4,8 milhões de pessoas ao cinema e teve uma receita de quase 33 milhões de dólares.
Mãos Cintilantes (Ban-jjag-i-neun Bak-su So-ri), de Lee Kil Bora – Documentário, Coreia do Sul, 2015, digital, cor, 80 min / Exibição em arquivo / Legendas eletrônicas em português
A obra de estreia de Lee Kil Bora revela um universo que apenas a jovem cineasta poderia revelar: a experiência sensorial e emotiva de ter sido criada por pais surdo-mudos. Apesar da base afetiva forte da família, Bora não romantiza eventos difíceis dessa trajetória. O sistema criado pelos pais para amamentar os filhos ou o fato de a menina ter que resolver problemas bancários ao telefone aos três anos são apenas alguns dos exemplos de como uma família que assume a deficiência unida supera adversidades.
Adeus, Mamãe (Ae-ja), de Gi-Hun Jeong, de Jeong Gi Hun – Ficção, Coreia do Sul, 2009, película, cor, 110 min / Exibição em 35mm / Legendas eletrônicas em português
“Ae Ja” é uma moça que desde a adolescência se destaca na escrita literária. No entanto Young Hee, sua mãe, sempre dá oportunidades para o irmão mais novo, o que cria uma relação permanentemente conflituosa entre Ae Ja e o resto da família. Quando recebe a proposta de escrever um livro, o câncer de Young Hee retorna, e Ae Ja assume a tarefa de cuidadora. A obra apresenta uma autenticidade rara, desenvolvendo, sem julgamento, a questão feminina e o conflito tão difícil de gerações.
Minha Mãe, a Sereia (In-eo Gong-ju), de Park Heung Sik – Ficção, Coreia do Sul, 2004, película, cor, 110 min / Exibição em 35mm / Legendas eletrônicas em português
Na Young, tem vinte e poucos e trabalha nos correios. Vive em conflito com o pai ausente e com a mãe intransigente. Com viagem marcada para o exterior, fica sabendo do desaparecimento do pai. Desiste da viagem e resolve procurá-lo em sua cidade natal, onde é transportada para o passado e passa a conviver com sua mãe ainda jovem, uma “hanyeo” (“mulher do mar”, mergulhadoras da ilha de Jeju responsáveis pela caça marítima) pobre e analfabeta, que acaba de conhecer um jovem charmoso que lhe ensina a escrever – o pai de Na Young.
Carregando o King Kong (King-kong-eul Deul-da), de Park Gun Yong – Ficção, Coreia do Sul, 2009, película, cor, 120 min / Exibição em 35mm / Legendas eletrônicas em português
Filme patriota sem pretensões artísticas dirigido por um diretor jovem, “Carregando o King Kong” conta a história ficcional de Lee Ji Bong, um atleta olímpico sul-coreano medalhista em carregamento de peso. Inspirado pela força de vontade e inocência de um grupo de seis meninas de uma escola do interior, Ji Bong treina as futuras atletas olímpicas. O filme levou quase 1 milhão e 300 mil pessoas ao cinema, gerando uma receita de quase 8 milhões de dólares.
A Espera (Min-wu-ssi O-neun-nal), de Kang Je Kyu – Ficção, Coreia do Sul, 2014, digital, cor, 28 min / Exibição em arquivo / Legendas eletrônicas em português
Curta-metragem dirigido por Kang Je Kyu, diretor de blockbusters históricos como “Swiri” (1999) e “TaeGukGi” (2004), “A Espera” conta o sofrimento de Yeon Hee, uma bela jovem que parece viver num mundo à parte à espera de seu amado Min Woo. Yeon Hee mora numa casa antiga, é extremamente cuidadosa com os afazeres domésticos, se relaciona apenas com idosos, toma seis remédios por dia e se esforça para se lembrar dos acontecimentos. Impossível de não se emocionar com o desenrolar da narrativa de “A Espera”, exibido no Showcase de Curtas Wide Angle do Festival Internacional de Filmes de Busan.
Estado de Espírito (Sim-gyeong), de Kim Seung Hee – Animação, Coreia do Sul, 2014, digital, cor, 2 min / Exibição em arquivo / Sem legendas (sem diálogos)
Animação vencedora do prêmio de excelência de melhor filme no Festival de Busan, em que uma jovem separa dois minutos para olhar para seu coração por meio de um objeto que ela mesma constrói. Nessa reflexão interna, se vê na corda bamba de um caminho tortuoso. Sentimentos diversos e uma profundidade de vivências, pessoas, referências e conteúdos revelam a vida que ela carrega em si, transformando a maneira como ela se vê.
A Atriz (Yeo-bae-u), de Moon So Ri – Ficção, Coreia do Sul, 2014, digital, cor, 18 min / Exibição em arquivo / Legendas eletrônicas em português
Curta-metragem de estreia da atriz Moon So Ri , vencedora do Prêmio Marcello Mastroianni de Melhor Atriz Emergente no Festival de Veneza de 2002 pela sua atuação como uma mulher com paralisia no filme “Oasis” (2002), de Lee Chang Dong. Em “A Atriz”, So Ri, atuando como ela mesma, caminha na montanha com duas amigas. Coincidentemente, encontra produtores de cinema que convidam o trio para um “happy hour”. Bêbados, eles revelam os preconceitos que têm com “a atriz”.
SERVIÇO
K-ACTION 2015 – Mostra de Cinema Coreano
Data: 5 a 8 de novembro/2015
Local: Centro Cultural São Paulo (Vergueiro)
Entrada Gratuita.
Os dias e horários da programação K-ACTION 2015 podem ser encontrados AQUI.
Fonte: Divulgação – Centro Cultural Coreano de São Paulo