IMAGEM: www.bienalbrasildolivro.com.br/‎

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Brasília recebeu nesta quarta-feira, por meio da II Bienal do Livro e da Leitura a presença dos renomados escritores Kim Young Ha (Coreia do Sul), Murong Xuecum (China) e o mediador Lee Jung Keun (Coreia do Sul).

Os escritores comporam o debate “A Literatura que vem do Oriente” e trouxeram suas perspectivas e desafios sobre a literatura,a cultura e a política a partir das realidades de seus respectivos países.

Kim Young Ha começou a fala, trazendo um panorama de sua produção literária, que pode ser principalmente caracterizada por temas que trouxeram grandes impactos a sociedade coreana. Eu tenho o direito de me destruir, lançado em 1996, foi uma destas.
Sobre sua trajetória de vida, o escritor contou que quando criança, era magrinho, por isso sofria bullying e nunca era chamado pra jogar, então, seu refúgio foram os livros. E um dos livros que marcou esse tempo foi Meu Pé de Laranja Lima, escrito pelo brasileiro José Mauro de Vasconcelos.
Já no campo das experiências como escritor, apontou que no final dos anos 90, a preocupação com a produção no âmbito político passou a se voltar para a arte, e o indivíduo em si. E é disso que seus livros tratam, dos indivíduos, de suas percepções.
O tradutor Jung Keun do Instituto de Tradução da República da Coreia, trouxe com muito otimismo contribuições quanto a importância da expansão do ensino e da cultura.
Já Murong, apresentou um pouco da realidade da produção literária na China e seus desafios, que mesmo por vezes tão grandes, não o desanimam nesta longa jornada.

IMAGEM: www.brazilkorea.com.br

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Após suas falas, o debate ao público foi aberto.
Nossa editora perguntou a Young Ha, quais os desafios que a Coreia enfrenta na literatura e na cultura, com a expansão e as constantes transformações do mundo.
Kim responde que hoje a literatura na Coreia sofre dificuldades. Por ser o país que oferece a internet mais rápida do mundo e onde para a maioria dos jovens seus smartphones e redes sociais são o alvo dos olhares. Até filmes americanos não tem tido tanto espaço no mercado. Portanto o maior desafio e segredo seria “Sobreviver na Coreia pra depois alcançar o mundo!”.
Por fim, quando perguntados sobre que escritores e que obras brasileiras mais gostavam, responderam rapidamente, Paulo Coelho. Diferentemente, Murong responde, Machado de Assis.

Ao final da Palestra, foi realizado o lançamento do livro A Flor Negra (Kim Young Ha) que conta a história da imigração coreana no México e Deixe-me em Paz – romance de Murong Xuecun.
Os escritores demonstraram muita espirituosidade, recepcionaram com muito ânimo os leitores, tiraram fotos e fizeram dedicatórias nos livros.

Nossa editora e o escritor Kim Young Ha no lançamento do livro Flor Negra

Nossa editora e o escritor Kim Young Ha no lançamento do livro Flor Negra

Para mais informações sobre Young Ha e a Bienal, confira nossa matéria aqui !

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About Barbara Brisa

Editora de conteúdo (Brasília) - Cientista Social pela Universidade de Brasília, Repórter Honorária pelo Centro Cultural Coreano do Brasil e Co-Fundadora do Maūm Ūmsik. Em constante estudo pela compreensão das coreanidades.

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