Considerado um dos países altamente desenvolvidos, a Coreia do Sul desde o ano de 1990, registrou um crescimento significativo no que diz respeito à qualidade de atendimento e acesso aos serviços médicos à população sul-coreana.
O Ministério da Saúde, Bem-Estar e Assuntos da Família, localizado na cidade de Sejong, é o responsável pelo gerenciamento dos sistemas de saúde no país. O órgão nacional possui o domínio de supervisionar, deliberar e analisar os custos e investimentos desse setor, a fim de torná-lo eficiente aos usuários.
Fundamentado no modelo japonês e criado em 1977, o Sistema Nacional de Saúde, chamado de National Health Insurance (NHI), contempla a maior parte da população sul-coreana.
No entanto, o sistema não é completamente gratuito. O governo custeia cerca de 70% das despesas médicas e o restante fica por conta do paciente na forma de débito em folha. Em outras palavras, um percentual é descontado do salário do chefe da família todo mês. Vale ressaltar que, caso alguém não tenha condições de pagar o NHI, o governo coreano cobre todas as despesas.
A cobertura pelo Sistema Nacional de Saúde é abrangente e incluiu procedimentos médicos desde cirurgias, cuidados preventivos, hospitalização, enfermagem, entre outros. O serviço apresenta alta taxa de aprovação entre os sul-coreanos, uma vez que, o atendimento ofertado é de alta qualidade, de forma rápida e em hospitais bem equipados.
Além de disponibilizar o Sistema Nacional de Saúde para a população, o governo também permite que os estrangeiros – trabalhadores ou estudantes – tenham acesso aos serviços.
A COREIA DO SUL NO COMBATE AO CORONAVÍRUS
Em virtude de possuir um dos mais estruturados sistemas de saúde, o país asiático tem sido apontado como um dos principais exemplos no enfrentamento à pandemia do coronavírus.
Cerca de 285 pessoas morreram na Coreia do Sul em decorrência do novo vírus, desde que o país registrou o seu primeiro caso em 20 de janeiro deste ano. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 13 mil pessoas foram infectadas pela doença no país.
A Coreia optou por promover a testagem em massa da população – incluindo os que não possuíam nenhum sintoma. A ampla testagem ocorreu através do sistema drive-thru e por meio de cabines espalhadas em todo o país. A estratégia, certamente, foi uma das bem-sucedidas para “achatar” a curva dos casos, evitando a sobrecarga dos serviços de saúde.
Ao contrário de alguns países, a Coreia do Sul adotou outras medidas preventivas sem precisar estabelecer o lockdown, como o uso da tecnologia para o rastreamento de contatos e dados para acompanhar o deslocamento de pessoas infectadas.
Além disso, o governo sul-coreano promoveu orientações em relação ao distanciamento social e aos cuidados redobrados com a higiene. Ainda, determinou o fechamento de alguns estabelecimentos e instituições de ensino. Máquinas de venda automática de máscaras também foram instaladas em parques e metrôs.
Apesar da situação epidemiológica em todo o mundo, milhões de pessoas foram às urnas no dia 15 de abril. Na ocasião, os eleitores usaram luvas e máscaras para escolher o novo parlamento.
A fim de evitar o contágio dos eleitores, as autoridades adotaram medidas de segurança rigorosas para realizar as eleições 2020, como a desinfecção de todas as seções eleitorais, medição de temperatura e distanciamento social.
Fontes: covid19 | theguardian | noticias.uol | nationalgeographicbrasil | saudebusiness | angloinfo