A depressão é considerada por especialistas em saúde a doença do século 21. Segundo dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 322 milhões de pessoas no mundo sofrem dessa doença.
Observando este grande problema, a startup sul coreana Ybrain criou o Mindd: uma tecnologia vestível responsável por diagnosticar e tratar distúrbios neuropsiquiátricos.
O dispositivo fornece, através de uma almofada absorvente, uma pequena corrente de eletricidade no lobo frontal do cérebro, para que haja uma diminuição da atividade que está associada à depressão. Os usuários sentem uma sensação leve e relaxante à medida que a eletricidade passa. Das ondas elétricas geradas pela faixa de cabeça, apenas 20% alcançam o cérebro. De acordo com a Ybrain, os ensaios clínicos mostraram a eficácia da eletricidade, sem quaisquer efeitos colaterais reportados.
Além do Mindd, a startup desenvolveu um aplicativo para smartphone no qual os pacientes com depressão podem registrar a quantidade de atividade física realizada e suas horas de sono. Esses dados são enviados automaticamente para médicos, que podem usar as informações para monitorar e melhorar o tratamento.
Tendo atraído cerca de 10,2 bilhões de wons (US $ 9 milhões) em investimentos nos últimos quatro anos, o Mindd foi lançado na Coreia em março deste ano, depois de ter sido aprovada pelo Ministério da Alimentação e da Segurança de Medicamentos.
Atualmente o dispositivo está presente em 12 hospitais sul coreanos, mas o objetivo dos idealizadores do projeto é instalar o Mindd em cerca de 150 hospitais locais e tratar pelo menos 3.000 pacientes.
O dispositivo também vem sendo utilizado pela Escola de Medicina de Harvard em um estudo clínico com 500 pessoas que sofrem depressão. Combinados com os dados de testes clínicos da YBrain coletados na Coreia, os resultados do estudo de Harvard deverão fortalecer ainda mais a credibilidade de Mindd.
No ano passado, a YBrain criou um método para amenizar um dos distúrbios cerebrais mais degenerativos da atualidade – a doença de Alzheimer. E nós falamos sobre ele nessa matéria!
Fonte: KoreaHerald, G1