Desde robôs para segurança, realidade virtual, reconhecimento e tradução simultânea, até novas redes móveis 5G, Pyeongchang 2018 promete ser a Olimpíada de Inverno mais tecnológica já realizada.
É reconhecido mundialmente os avanços tecnológicos que a Coréia do Sul tem demonstrado nas últimas décadas, com empresas e centros de pesquisas conhecidos e elencados entres os maiores e melhores do mundo, dentre eles, Samsung, LG, Hyunday, e a universidade KAIST (Korean Advanced Institute of Science and Technology – “Instituto Coreano de Ciência e Tecnologia Avançadas”, conhecido como o MIT sul coreano). Os organizadores, juntamente com governo e iniciativa privada vem anunciando diversas inovações previstas para Pyeongchang 2018.
Por possuir uma língua distinta, parte essencial da cultura local, os coreanos querem já em Pyeongchang 2018 quebrar as barreiras da conversa entre as diferentes nacionalidades que estarão presentes durante as Olimpíada de Inverno. Para isso a tecnologia disponível desde 2012, desenvolvida pelo ETRI (Eletronics and Telecommunications Research Institute – “Instituto de Pesquisas de Eletrônicos e de Telecomunicações”), está sendo expandida para atender além do inglês, japonês e chinês, também o espanhol, francês, alemão e russo. Segundo o instituto, o sistema de reconhecimento em tempo real, já tem uma taxa de aproximadamente 95% de acurácia, baseado no banco de dados vocal que possuem.
Já o grupo liderado por Oh Joon Ho, professor no KAIST, pretende já no próximo mês demonstrar os planos detalhados para uso de robôs como guardas de segurança durante os jogos de 2018. Com pequenos robôs de vigilância, robôs antiterrorismo e até robôs humanoides para interação e provisão de informações para visitantes, o grupo que tem o apoio do Ministério da Industria, Comércio e Energia, pretende demonstrar de forma surpreendente a tecnologia robótica sul coreana.
Ainda no quesito segurança, o Comitê Olímpico de Pyeongchang 2018, afirmou que deseja usar os painéis digitais, usados normalmente para propagandas, para fornecer conteúdo personalizado que mostre a situação da localidade olímpica. Também prevê o uso de tecnologias de segurança subterrânea que detecte com antecedência abalos sísmicos, possibilitando o aviso prévio caso seja necessário. E ainda quer prover auxilio médico remoto, com a ajuda de tecnologias desenvolvidas pelo ETRI.
A gigante das comunicações, KT, não quer ficar atrás e já demonstrou para os comitês organizadores a tecnologia 5G, que incluem a possibilidade de assistir os jogos com dispositivos VR 360° (360° Virtual Reality – “Realidade Virtual de 360°”). Isso permitirá que o público, mesmo em casa, escolha os ângulos pelos quais deseja acompanhar os jogos. Segundo a empresa, cerca de 30% das redes necessárias para os jogos já estão concluídas. Embora sendo a maior companhia sul coreana, a SK Telecom, por enquanto apenas anunciou um plano piloto para redes 5G em parceria com a gigante sueca Ericsson.
Com todos esses esforços, inclusive nas demonstrações na casa Pyeongchang no Rio, é possível esperar por uma incrível edição dos Jogos Olímpicos de Inverno Pyeongchang 2018, certamente tecnológico, e quem sabe, assim como 1988, trará um novo ciclo de expansão para a Coréia do Sul, firmando-a ainda mais como um país desenvolvido e que traz para o mundo aquilo que só sonhávamos através da ficção científica e da fantasia.
Fontes: etnews, Yeonhap News, ZDNet, Sputik News, The Korea Times